O amor não escolhe lugar, e é sempre bom ser o cupido que criou as condições para que um relacionamento desbotasse. Se há algo que falta neste mundo, é o amor, e todos nós queremos fazer de tudo para que ele se espalhe.
Fomentar o amor, ainda que seja no trabalho, tudo bem. Mas fomentar a fornicação, a infidelidade, os namoriscos, o assédio, e as brincadeirinhas, isso não.
O problema é que não há uma forma de a priori distinguir entre os dois. Os nossos funcionários primeiro se apaixonam e só depois é que podemos discernir se ambos são solteiros, se querem apenas algo casual, e tudo mais. O problema é que, fora o amor, todas estas relações podem acarretar problemas para o nosso negócio. Se até aquela que hoje é a mãe dos teus filhos amanhã pode ser a tua maior inimiga, imagina uma simples mulher que só levaste para cama e agora mal falas com ela, embora trabalhem no mesmo local.
É por este e outros motivos que a maioria das empresas tem uma política similar em relação à este assunto, que deve ser incluída ou no Contrato de Trabalho ou no Código de Conduta da empresa:
- Os relacionamentos amorosos entre colegas devem ser declarados aos Recursos Humanos.
Deste modo é possível monitorar o desempenho dos dois colegas envolvidos tanto durante o relacionamento e tanto depois, e mediar se se sentir alguma animosidade.
Os nossos trabalhadores são adultos e eles não precisam que nós nos metamos nos assuntos deles e ditemos quem eles devem namorar ou não. Mas temos um dever para com eles e todos os outros colegas, de criar um espaço de trabalho seguro e agradável. Relações amorosas são relações passionais, e quando o coração entra pela janela, o cérebro sai pela porta. É dever da direcção da empresa ser testemunha desta relação e permanecer lúcida durante ela.
Mas o que acontece se os dois colegas envolverem-se e não declararem?
- Isso seria uma quebra de contrato ou do Código de conduta da empresa e deve ser sancionado, não se deixando de lado a possibilidade dos funcionários serem despedidos.
Lembre-se, aqui o objectivo não é policiar pessoas adultas, mas criar um ambiente de trabalho agradável. Não há nada mais desagradável do que um dos dois antigos amantes prejudicar o outro e assim prejudicar a empresa apenas por despeito ou ciúmes. Nem é agradável ver um deles a tentar fazer com que o outro seja despedido. A direcção deve sempre que notar problemas entre os funcionários logo intervir, só assim cria-se um bom ambiente de trabalho para todos.
A Experiência Empreendedora Dia 5